A dois dias do início da cúpula da
Rio+20, em que mais de cem chefes de Estado discutirão o futuro do planeta, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta
segunda-feira a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012. Entre
outros dados, traça o retrato do desmatamento no País. Pela primeira vez o IBGE
apresenta os dados de devastação de todo o território, para além da Amazônia.
Os
indicadores revelam que estão preservados apenas 12% da área original da Mata
Atlântica, o bioma mais devastado do País. De 1,8 milhão km², sobraram 149,7
mil km². A área desmatada chega a 1,13 milhão km² (88% do original) - quase o
Estado do Pará e mais que toda a região Sudeste. Os dados se referem ao ano de
2010. Depois da Mata Atlântica, o Pampa gaúcho é o mais desmatado: perdeu 54%
de sua área original, de 177,7 mil km² até 2009.
A devastação do
Cerrado, segundo maior bioma do País, chegou a 49,1% em 2010. Na edição
anterior dos IDS, divulgada há dois anos, o IBGE havia apontado devastação de
48,37% do Cerrado. Em dois anos, foram desmatados 52,3 mil km² - quase o Estado
do Rio Grande do Norte.
A caatinga perdeu 45,6% de seus 826,4
mil km² originais. O Pantanal é o menor e mais preservado bioma: perdeu 15% da
área total de 150,4 mil km². As informações referem-se a 2009.
O IBGE apresentou os índices de
desmatamento de todos os biomas extra-amazônicos , já que a Amazônia tem um
monitoramento específico, mais antigo e mais detalhado.
Biomas são territórios com ecossistemas homogêneos em relação à vegetação, ao solo, ao clima, à fauna e à flora. O Brasil é dividido em seis biomas. A pesquisa do IBGE chama atenção para o fato de que o desmatamento, além dos danos ao solo, aos recursos hídricos e às espécies de fauna e flora, aumenta as emissões de gás carbônico na atmosfera.
Biomas são territórios com ecossistemas homogêneos em relação à vegetação, ao solo, ao clima, à fauna e à flora. O Brasil é dividido em seis biomas. A pesquisa do IBGE chama atenção para o fato de que o desmatamento, além dos danos ao solo, aos recursos hídricos e às espécies de fauna e flora, aumenta as emissões de gás carbônico na atmosfera.
"O monitoramento dos biomas
brasileiros torna-se indispensável não só para sua preservação como para
qualquer tipo de intervenção ou lei que pretenda regular o uso dos recursos
naturais no Brasil. A partir dos levantamentos de desmatamentos e áreas
remanescentes, o Brasil saberá onde estão as áreas que precisam ser recuperadas
e as que poderão servir às atividades econômicas, sem abertura de novas
áreas", diz o estudo.
Por ser o bioma mais devastado, a Mata Atlântica também tem o maior número de espécies da fauna extintas ou ameaçadas de extinção: cerca de 260. No total, o IBGE apontou nove espécies extintas, 122 espécies criticamente em perigo, 166 em perigo e 330 vulneráveis.
Por ser o bioma mais devastado, a Mata Atlântica também tem o maior número de espécies da fauna extintas ou ameaçadas de extinção: cerca de 260. No total, o IBGE apontou nove espécies extintas, 122 espécies criticamente em perigo, 166 em perigo e 330 vulneráveis.
Amazônia
legal
Embora o ritmo de desmatamento da Amazônia Legal (área de 5,2 milhões de km², que vai além do bioma Amazônia e inclui uma parte do Cerrado) venha diminuindo ano a ano desde 2008, a perda de vegetação original chegou a 14,83% em 2011, segundo estimativa divulgada na IDS 2012, do IBGE. Na pesquisa anterior, o índice estava em 14,6% em 2009. Em 1991, a devastação total da Amazônia Legal era de 8,38%. Entre 2009 e 2011, a área desmatada passou de 741,6 mil para 754,8 mil km². São 13,2 mil km² _ mais que a cidade de Manaus _ em vegetação nativa perdida.
Embora o ritmo de desmatamento da Amazônia Legal (área de 5,2 milhões de km², que vai além do bioma Amazônia e inclui uma parte do Cerrado) venha diminuindo ano a ano desde 2008, a perda de vegetação original chegou a 14,83% em 2011, segundo estimativa divulgada na IDS 2012, do IBGE. Na pesquisa anterior, o índice estava em 14,6% em 2009. Em 1991, a devastação total da Amazônia Legal era de 8,38%. Entre 2009 e 2011, a área desmatada passou de 741,6 mil para 754,8 mil km². São 13,2 mil km² _ mais que a cidade de Manaus _ em vegetação nativa perdida.
desenvolvimento
sustentável
Caiu a mobilização política local, nos municípios, em torno do desenvolvimento sustentável. Em 2002, 50,6% da população viviam em cidades com Agenda 21 Local. Em 2009, a parcela caiu para 41,2%, segundo a pesquisa IDS. Em 2009, havia apenas 978 municípios com Agenda 21 Local.
A Agenda 21 é um documento assinado
por 178 países na Rio 92, estabelecendo uma série de objetivos, critérios e
princípios para o desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 Local é um processo
de planejamento estratégico para implementar a agenda localmente. O fim do
Programa Farol do Desenvolvimento, do Banco do Nordeste (BNB), que financiava a
instalação de projetos de Agenda 21 Local, foi apontado pelo IBGE como um dos
motivos para a desmobilização.
Desenvolvimento sustentável
È
a forma de desenvolvimento que não agride o meio ambiente de maneira que não
prejudica o desenvolvimento vindouro, ou seja, é uma forma de desenvolver sem
criar problemas que possam atrapalhar e/ou impedir o desenvolvimento no futuro.
O desenvolvimento atual, apesar de trazer melhorias à população, trouxe inúmeros desequilíbrios ambientais como o aquecimento global, o efeito estufa, o degelo das calotas polares, poluição, extinção de espécies da fauna e flora entre tantos outros. A partir de tais problemas pensou-se em maneiras de produzir o desenvolvimento sem que o ambiente seja degradado. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável atua por meio de alguns aspectos:
Atender às necessidades fisiológicas da população;
Preservar o meio ambiente para as próximas gerações;
Conscientizar a população para que se trabalhe em conjunto;
Preservar os recursos naturais;
Criar um sistema social eficiente que não permite o mau envolvimento dos recursos naturais;
Criar programas de conhecimento e conscientização da real situação e de formas para melhorar o meio ambiente.
O desenvolvimento sustentável não deve ser visto como uma revolução, ou seja, uma medida brusca que exige rápida adaptação e sim uma medida evolutiva que progride de forma mais lenta a fim de integrar o progresso ao meio ambiente para que se consiga em parceria desenvolver sem degradar.
Existem três colunas imprescindíveis para a aplicação do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esses devem ser dependentes um do outro para que caminhem lado a lado de forma homogênea.
O desenvolvimento atual, apesar de trazer melhorias à população, trouxe inúmeros desequilíbrios ambientais como o aquecimento global, o efeito estufa, o degelo das calotas polares, poluição, extinção de espécies da fauna e flora entre tantos outros. A partir de tais problemas pensou-se em maneiras de produzir o desenvolvimento sem que o ambiente seja degradado. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável atua por meio de alguns aspectos:
Atender às necessidades fisiológicas da população;
Preservar o meio ambiente para as próximas gerações;
Conscientizar a população para que se trabalhe em conjunto;
Preservar os recursos naturais;
Criar um sistema social eficiente que não permite o mau envolvimento dos recursos naturais;
Criar programas de conhecimento e conscientização da real situação e de formas para melhorar o meio ambiente.
O desenvolvimento sustentável não deve ser visto como uma revolução, ou seja, uma medida brusca que exige rápida adaptação e sim uma medida evolutiva que progride de forma mais lenta a fim de integrar o progresso ao meio ambiente para que se consiga em parceria desenvolver sem degradar.
Existem três colunas imprescindíveis para a aplicação do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esses devem ser dependentes um do outro para que caminhem lado a lado de forma homogênea.
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