sexta-feira, 29 de março de 2013

SOBRE LUNETAS E COMO REGULAR



 
           Lunetas, acessórios indispensáveis para a pratica de tiro de precisão ou tiros à longa distancia. Um atirador que queira acertar alvos à 25 metros ou uma maior distancia necessita equipar a sua carabina com luneta adequada para cada categoria de tiro esportivo.
         Caso a luneta seja montada em uma carabinas 22  a luneta deve ser resistente e precisa de um mount que a segure firme no lugar para evitar movimentos bruscos e vibrações extras .


                                                      Mount simples
 MOUNT_SIMPLES
        Em carabinas de grande potencia, utiliza-se mount único para melhor fixação da luneta no trilho da carabina . A luneta for instalada em uma carabina 22 , não é necessário que ela seja de construção robusta, pois esses tipos de carabinas não possuem um recuo significativo que pode causar danos à luneta . 
         Existem varias lunetas no mercado, alguns modelos, chamam atenção pela aparência, são baratas e parecem ser boas ... Mas não tem como avaliar uma luneta pela aparência muito menos pelo preço. Deve-se avaliar pela resistência, qualidade das lentes, retículo e revestimento, lentes de boa qualidade e revestimento não distorcem a imagem e são menos afetadas por clarões, além de manter a luminosidade e durarem muito mais tempo.
          Depois de avaliar a qualidade e resistência da luneta, deve-se ter em mente o que a luneta precisa ter para a modalidade de tiro em que sera usada.
          Uma luneta que será usada continuamente, deve ser ainda mais resistente, pois o tranco e vibrações serão constantes e a luneta tende a desregular com mais facilidade. 
         Se for atirar em alvos posicionados em distancias variadas , a luneta deve ter ajuste de magnitude ( zoom ) , para disparos com pouca luz, é necessário uma luneta com grande objetiva e tiros a noite ou final de tarde, retículo iluminado facilita a visualização do alvo.

         As lunetas com ajuste de magnitude, são as que podem ajustar o ' zoom ' da luneta no alvo , tornando mais fácil ver os alvos e atirar a distancias variadas sem precisar regular novamente a luneta.
           Dentre as configurações dessas lunetas, as mais comuns são as 4x20, 4x32, 3-9x32 e 3-9x40, que significa que a luneta pode ampliar a imagem de 3 a 9 vezes e a objetiva é de 40 mm, quanto maior a objetiva, maior a capacidade de obter luz de entrada da luneta.
Em todos os casos de lunetas, os números antes do " x " representam quantas vezes a luneta amplia a imagem e depois do " x " representa o tamanho da objetiva.
            Além das lunetas com ajuste de magnitude, existem as de magnitude fixa, como por exemplo a 4x32, que é uma das mais usadas, é uma luneta que serve para tiros em uma única distancia, nesse caso de 4x32, a distancia em que é mais usada é para 10 metros porem, pode ser regulada para outras distancias também .
  Formas de retículos
         O Cross Hair (Inglês), que nós chamamos de retículo, são as linhas que se cruzam na lente da luneta, formando um " + '' que  utilizamos para mirar. O retículo tem grande importância na luneta e existem vários tipos de retículo . 
      Alguns dos mais conhecidos são:
* Fine Cross Hair - é o mais simples de todos, duas linhas finas que se cruzam,  facilita a visão em alvos menores  .
*Duplex Cross hair - um dos mais usados, ele possui extremidades mais grossas e o centro é composto por 2 finas linhas que se cruzam, possibilitando ao atirador compensar o vento e a distancia com mais facilidade .
* Mil-Dot - basicamente , possui pontos que ajudam a calcular a distancia entre o atirador e o alvo.

Paralaxe:
          É comum ouvir os atiradores mais experientes falarem sobre o “paralaxe” e muitas pessoas não entendem o que é “paralaxe” Quando atiramos varias vezes em um alvo, principalmente em longas distancias, mirando sempre no mesmo lugar os disparos parece que atingem  pontos diferentes, pode não sera a munição, pode não ser a carabina ... Pode ser o erro de paralaxe. Para entender o erro do  paralaxe faça o seguinte: Faça uma cruz com os dedos indicadores de cada mão (+)  mantenha a parada e mire na fechadura da porta, agora sem mudar a mão de lugar mexa a cabeça para os lados e vera que o ponto de mira também muda.  Bom , esse é o erro de paralaxe .

Como a luneta elimina o erro de paralaxe ?
Para entender melhor, vamos de novo usar os dedos 

 Faça novamente o (+) com os dedos, coloque encostado na fechadura da porta e mire, agora mude a cabeça de lugar e sua mão vai continuar mirando na fechadura, porque a fechadura e o retículo (feito de dedos) estão no mesmo plano.
           Para corrigir o paralaxe, algumas lunetas possuem AO ( Ajustable Objective ) que serve para corrigir o erro de paralaxe .
Regulagem de lunetas:
           Antes da regulagem da luneta , é necessário certificar-se de que a luneta está bem alinhada, se estiver levemente inclinada para um dos lados isso afetará no desempenho no campo de tiro e pode levar ao erro do paralaxe.  A regulagem de lunetas no começo pode ser um pouco complicada, pois o atirador ainda não conhece o material que tem em mãos, com o passar do tempo e lógico com treino e pratica o atirador passa a conhecer e dominar o equipamento com que atira, isso leva a ter mais facilidade para regular lunetas e consequentemente, obter um melhor resultado nos disparos .

Como regular sua luneta!

        Em lunetas, principalmente de magnitude fixa, é necessário zerar a luneta para depois regular.
         Para zerar a luneta é bem simples , porem pode levar algum tempo.  Após colocar a luneta na carabina, gire as torres de elevação e ajuste lateral até o fim, depois, volte até o começo, contando os cliques. Em seguida, gire novamente até a metade dos cliques, e pronto sua luneta está zerada. Normalmente, após fazer isso a luneta fica zerada para 15 jardas (aprox. 13.71 metros) Depois de zerada, vem a parte da regulagem da luneta, um método eficiente, simples e fácil:
Coloque a carabina (já municiada) e travada, apoiada em uma superfície plana pode ser um Sand-Bag, na falta deste acessório pode se fixar em uma morsa para que no momento do disparo a carabina não se movimente.
      Mirando no centro do alvo, dispare e veja a onde o chumbinho acertou o alvo importante não mechar a carabina.
Observe onde o tiro acertou, proceda da seguinte forma, gire as torres de elevação e de ajuste lateral de sua luneta até que fique exatamente em cima da furo feito no alvo, recarregue a carabina, atire fazendo visada no mesmo  local do tiro anterior, a tolerância é de no máximo 25 mm para agrupamento, caso isso não ocorra, repita o processo até que o tiro acerte dentro ou bem junto ao tiro existente.
       (Importante: A regulagem deve ser feita com a mesma marca e modelo de munição que será disparado com maior freqüência, pois a regulagem pode mudar de acordo com cadamunição . )
Deve-se regular sua luneta sempre que perceber uma mudança no ponto de impacto dos disparos na distancia em que ela foi regulada, quando os tiros começam a atingir outros pontos do alvo, o local visado, significa que está na hora de regular novamente sua luneta.

CAÇADAS


No ano passado fui numa caçada,dessas ocasional de fim de semana tudo corrido.fomos em cinco pra ficar de sabado pra domingo arrumei minha tralha nas carreiras e fui na casa de um dos companheiros onde tava marcado pra nois se reuni pra descer de rio a baixo.
  Eu estava ancioso pois depois de um ano estando morando na cidade de varzea grande,tudo arrumado e fui la cheguei era 11:00 como combinado alguns deles se atrasou um pouco.almoçamos e ate que enfim descambamos de rio a baixo numa rabeta faltava uns 10 minutos de descida ate o ponto do barraco,e tres do cumpanheiros desceram em terra firme e entraram no mato em busca de fruteiras e queixadas.eu e o rodrigo chegamos no barraco,e ficamos arrumando as coisas,e aguardando a chegada deles.eu grilado ja era quase 2:00 da tarde e nada,e eu preocupado pois não tinha saido pra arrumar espera nenhuma.num foi nada  e eles ponharam a cara no barraco,nessa volta acharam tres pes de tucum caindo as frutas tava so a nata,um pe tinha dois montinhos de coco ruido outro pe tinha uns seis,ate ai ja tinhamos arruma tres esperas boas.mas fltava a minha e do rodrigo entramos na canoa e descemos mais um pouco ate a estrada de SANTA   ELENA era a estrada de uma fazenda,entramos de mata a dentro anda aki,sai ali,e ate que o tal rodrigo não ve um buraco coberto de folhas,cai dentro enfiando a perna nisso os espinhos de uma folha de tucum entram na sua coxa,quase não aguentou andar,mas seguimos em frente com ele puxando a perna direita,depois de muito tempo em caminhada,rodrigo achou a espera dele,era um pe de florzinha tava so a capelinha e tinha um carreiro bem batido de paca que atravessava por baixo de um pau.ajudamos ele a fazer sua espera pois mal aguentava andar.de ois de terminado,afiamos mais um pouco,atravessamos a estrada de um lado pra outro e descemos no sentido do rio,depois de ums 250 metros descendo achei um pe de  florzinha dentro de um cipoeiro,tava bom cortei as varas longe e deixei cortado para fazer a espera quase na hora de subir,voltamos ao barraco pra pegar as mochilas com a tralhas,cordas pra rede,etc
   voltamos meio ligeiro pois a minha espera e a do rodrigo era a mais longe,a minha dava uns 600 metros na estrada e entrava uns 250 metros abaixo,e a do rodrigo um pouco menos,por causa do tucum,o sol ja lambia as 6:00 terminei o jirau e subi as pressas,ficamos nesta espera ate as 10:30 da noite e o rodrigo desceu,o sangue esfriou e os espinhos que ficaram começaram a latejar,ele deu uma buzinada com o cano da sua 28.e eu logo persebi que ele num tava bem,não matamos nada nesta noite,o outros três cumpanheiros chegaram era 00:30 todos com sono,os pes de coco tava tão bom que chamei o luciano pra voltarmos eu e ele para as esperas de coco e fazer espera de noite toda,mas ele se recusou.
  o jeito era dormi,na madrugada fes um frio terrivel,não dava pra dormir apenas cochilava,enfim amanheceu,pegamos as tralhas e subimos rio acima isso era mais ou menos umas 7:00 da manhã,numa dessas encostaram a canoa na beira de um barranco meio alto e o paraguai desceu com um tambor de soro de leite ia jogar num barreiro de queixada,eu falei vai sem a espingarda,ele respondeu so la joga e volto,dai eu saltei da canoa com a minha 28 uma cbc  e falei vo la tambem,saimos devagar na picada andamos uns 150 metros e quando iamos chegando a surpresa tava preto de porco no barreiro,ele agachou e disse vai na frente e ve se mata um,sai devagar e agaixado,que eu escuto um barulho quebrando pa trais eu olhei e vi o luciano meio longe vinha vindo com tudo alertei o paraguai ra avisar ele,ele avisou e veio devagar,eu tava quase entrando dentro do barreiro,pois o vento estava a favor,olhei pra esquerda vinha um dos guardas que ficam em volta cuidando do bando no barreiro,armei a 28 quando ele saiu no limpo rastei o dedo,a pipoca estralou num ecoo que rasgou de mato a fora e foi sunindo,o porco caiu de lado,levantou e saiu doido no mundo,nisso o luciano passo correndo com uma 22,eu desci por baixo pra tenta cerca o bando de queixadas mas não consegui ,quando e fé escutei dois estalo da 22 sai correndo,cheguei la,perguntei a ele: e ai mato algum,ele disse:nada é o seu porco que tava morrendo,ele tinha atirado no meu porco acabando de morrer,o porco correu uns 30 metros ate cair,depois de limpo fui conferir o estrago que tinha feito. tiro pego atras das mãos,o chumbo atravesso o bofe,pulmão,e dois chumbo 3T arranhou o coração ...bom pessoal essas foi uma caçadas que fis no norte do mato grosso num rio pequeno chamado parado,ele desagua no teles pires...

abraços weslley

UMA HOMENAGEM AO GRANDE CRISTIANO LOPES



 Do cerrado e dos bichos

 (Do livro Coisas do Mato) Enviado pelo Autor Cristiano Lopes Furtado



            Das exuberantes selvas do Norte sou aluno, da magnífica Mata Atlântica, aprendiz; da riquíssima planície alagada do Mato Grosso, um estudioso dedicado, e dos Pampas Gaúchos sei apenas o que li em livros. Mas do Cerrado central do Brasil, arrisco-me a professorar alguns segredos.

Como goiano que engrossou os braços subindo em espera de pequizeiro, mirindiba, caraíba e ipê-amarelo, digo-lhes que nos planos mais altos de Goiás é no inicio de maio que as chuvas vão raleando, as manhãs ainda são nubladas e quase sempre nos meios da tarde desce aquela garoinha rala, mas persistente. Na roça chamamos de chuvinha de molhar bobo. À tardinha ecoam trovões compridos e o sertanejo diz que é a chuva se despedindo... e à noite arriscam-se algumas estrelas nas frestas das nuvens.

É o tempo em que as perdizes estão largando aos cuidados do mundo as crias da última das suas três chocadas. Porque perdiz é assim, iniciam o namoro piado ali pelo início de agosto, acasalam-se no início de setembro e a fêmea fica junto com o macho só até prepararem o ninho. Depois, ela põe os ovos e, como uma mãe desnaturada, cai no mundo piando atrás de outro namorado. O árduo trabalho de chocar e cuidar dos meninos fica por conta do pai dedicado. Estratégia danada de inteligente essa, pois só assim ela consegue pôr no mundo três ninhadas de setembro até o início de abril. Como a mortalidade entre os pequenos é alta, sem isso a perdiz há muito já teria acabado pela boca do lobo, pela fome descomedida do lagarto teiú (que fora dos chapadões procura e encontra muito os seus ninhos) ou pela maldade indiscriminada do fogo, que consome as campinas do centro do Brasil nos meses mais secos.

            No início de abril o tempo está verde, os campos exuberantes e dentro do mato qualquer moitinha esconde fácil um bicho grande. A chuva já se despediu, a terra fica firme e os rios começam a limpar a água.

Nas rocinhas de milho das vazantes, o caçador experimentado pode ver fundos os carreiros das pacas nos barrancos dos rios. Nesse tempo elas estão loucas por milho, sendo as roças mais sujas de mato as primeiras a serem atacadas. Para quem tem experiência e sabe ler as marcas, fica fácil fazer uma espera no carreiro delas. O segredo maior é saber escolher o ponto: nunca no limpo, pois ficam inseguras. Procure um bom armador dentro de uma latada de cipó, antes ou depois da roça, e debulhe meia espiga de milho seco na beira do carreiro e em um ou dois pontos promissores das imediações. Não tem paca que passe por cima sem parar e comer ruidosamente. Para esse tipo de espera, a lua boa é a lua no quarto crescente, quando entra ali pelas nove da noite, pois muita paca mora longe da roça e, quando se espera nos primeiros dias de lua cheia (como se costuma fazer nas cevas artificiais), ela pode não ter tempo de chegar à roça antes de a lua sair e clarear tudo... caminhar com lua clara ela caminha, para isso usa as sombras do mato, mas comer em pontos fixos com lua clara é muito difícil. Só mesmo quando estão realmente desesperadas de fome. Por isso, as esperas com a lua entrando são bem mais promissoras do que aquelas em que a lua irá sair cedo da noite.

            No início de junho, as águas das veredas ficam friinhas e o mato da beira dos rios também esfria muito ao cair da tarde e nas horas mortas da madrugada. Nos grotões e vazantes de chão preto e mata alta, cai a fruta do buraim... pau linheiro que só engalha lá depois de dez metros de altura. A casca dele é fininha feito casca de jabuticaba, tem folha miúda e, para ver os frutinhos, só achando no chão. O fruto é uma goiabinha miúda e amarelada no formato do araçá maduro, dá espera de primeira para paca, veado-mateiro, mutum e jacu. Se achar um pé caindo em lugar de mata sossegada, pode cortar as varas, amarrar o mutá e amolar a faca.

Junto com o buraim, nas pedreiras de serras e bocainas íngremes, cai a flor rosa da barriguda. Espera de mateiro melhor não tem, pois cai em um tempo de pouca comida nas matarias de serra. Para o caçador de espera, que é apaixonado pelos sons do mato, não tem emoção maior do que ouvir no meio de uma noite escura um mateirão caminhando lentamente serra a baixo, rolando pequenas pedras e farejando o perfume doce da flor da barriguda. E como são pesados! Desconfio que o ambiente íngreme desenvolva de forma mais acentuada a musculatura dos mateiros que se adaptaram a viver nessas serras, pois sempre são eles mais corpulentos do que os seus irmãos que habitam as matarias de planície.

            Junho vai correndo, e ali pela metade do mês começam a cair no cerradão cru que fogo não queimou as flores brancas do canudeiro, também chamado de paineira. E para quem quiser furar costela de veado-catingueiro, basta sair de tarde nos grotões secos e armar a rede em um capão de canudeiros. Só fiquem atentos, pois o chão da mata ainda não tem muita folha seca e as flores são grandes. Eles as comem quase em silêncio total, uma ou duas, e seguem em frente cumprindo o seu sistemático itinerário de alimentação noturna.

No final de junho também é tempo das favas negras da faveira-do-cerrado. Veado-catingueiro é morto no rumo daquilo. Onde não há gado no campo, eles gostam de comer de dia, depois das nove da manhã, ou de tardinha, depois das quatro. O fruto maduro é preto, seco, fino e curto, que nem um canivete grande. Quebrando-o, sente-se cheiro de baunilha; já provando da polpa, encontra-se um gosto doce-amargo. Dizem que é abortivo para o gado e que também tem fins farmacêuticos. Em pé de faveira ninguém arma rede, é fino e frágil, de folhinha miúda e sombra mirrada. Armamos “particular” (em árvores paralelas), como gostam de dizer os sertanejos do árido Tocantins.

            Quase no final do ciclo produtivo da faveira começa a cair o frutinho do pau-d’óleo. Esses frutos normalmente são encontrados dentro do mato fresco, na beira dos grotões sombreados pela cambaúba (bambuzinho) e refrescados pela água cristalina que desce das serras à procura dos rios perenes. No norte o chamam de copaíba, mas aqui para o sertanejo goiano é pau-d’óleo. A frutinha é miúda e quase que só uma sementinha preta, dura e brilhosa, mas grudado nessa sementinha vem um “emborrachamento” miúdo e adocicado de cor laranja. A “borrachinha” laranja é a recompensa para quem se dispõe a esparramar os filhos da árvore. O bicho de boca maior come com tudo, a semente passa pelo trato digestivo, que, com sua acidez, quebra a dormência do embrião. Quando ela sai, já é depositada no solo adubada pelas fezes do animal e bem longe da planta mãe, o que é o mais importante. É a mãe natureza dando seu show. Também é assim com as sementes da esponja, mirindiba e tamburil: quem planta é o gado, a anta, os veados, jacus, mutuns, catetos, queixadas e macacos.

             No interior existe uma crença reforçada que bicho que está comendo a fruta do óleo não morre fácil, se o tiro não for de calibre adequado e a colocação não for mortal é bicho ferido em fuga. A carne da paca e do veado que come o óleo não é boa, fica cheirando forte e tem o seu sabor original alterado, isso é fato. Mas o que tem de ruim a carne desses bichos quando sustentados por fruta de pau-d’óleo tem de cheirosa e saborosa quando os mesmos bichos comem o coco-macaúba ou o fruto do jatobá. E a do porco-queixada comendo o milho verde, nossa!!! Carne melhor não existe.

            No início de julho, entramos oficialmente no inverno, de dias quentes e curtos, com noites secas, frias e longas. Pobre do vivente que subir em uma espera de pequizeiro ou pau-d’óleo na boca de um varjão de buriti. O vento gelado do chapadão vem por baixo da rede, assoviando e trazendo o frio que entreva o caçador. Aí o sujeito tem duas escolhas: ou forra a rede com um colchotene fino, que vai servir como isolante térmico, ou o jeito é pular no chão, juntar um montão de folha e tocar fogo pra não endurecer os ossos do espinhaço.

Em julho também cai o jatobá maduro. Em Goiás temos dois tipos, o jatobá-da-mata e o jatobazinho-do-cerrado, este de tamanho menor, gosto mais doce e casca mais fina. Espera boa demais! Anta, veado-mateiro, cateto, queixada, paca, cutia, tudo come. A paca, ao quebrar a casca dura do jatobá com o dente, produz um estalo alto que vai longe dentro da mata silenciosa. Quem não conhece acha até que é tiro de .22. E para o caçador é uma emoção bem parecida com a que se sente quando se escuta o mastigar ruidoso dela no caroço da mirindiba, ou o roer acelerado que ela faz quando tem na boca a semente dura do coco-macaúba. Escutar uma paca estourando um jatobá numa noite de lua escura num mato sossegado da beira de um riachinho de água limpa enche de satisfação o coração da gente e só isso já paga a noitada do caçador que é apaixonado por caçada de espera.

            Julho vai correndo, e quando chega ali pelo final do mês, começa a cair a rainha das fruteiras de espera. No sul do estado chamam-na de piúna, mais para cima chamam de mirindiba... já no Mato Grosso chamam de tarumã ou boca-boa. Mas independente de que nome o sertanejo dê a ela, essa é sem dúvida nenhuma a rainha das esperas no Brasil central. Tudo no mato come mirindiba: o rato, a paca, a cotia, a cigana, as três raças de jacu (tinga, verdadeiro e o pemba), os mutuns pinima e cavalo, do catingueiro-xuré ao veado-mateiro, do cateto ao queixada, do boi bravo à anta, TUDO. Elas frutificam demais em um ano e no outro não dão carga alguma. O sertanejo fala que Deus fez assim pra não matar o gado de desinteria.

Como são árvores grandes, suas cargas são duradouras. Conheço pés centenários que, quando carregam, vão desenvolvendo e amadurecendo os frutos gradativamente, de modo que começam a cair no início de julho e vão até fim de novembro jogando as últimas frutas, com os ventos que trazem as chuvas do fim do ano. Embaixo não fica folha inteira, é carreiro de paca, pé de anta e casco de veado moendo o chão. Mas quem quiser saber notícias da noite, tem que chegar ao clarear do dia debaixo da mirindiba, pois é só o sol subir dois palmos e começar a secar o orvalho da capoeira que o gado vem babando para debaixo das fruteiras. Pisam e defecam debaixo até depois do meio dia, limpam todas as frutas no chão. Daí, achar o rastro fino de um catingueiro por cima do massador do gado é tarefa para poucos.

O sol esquenta e o dia passa quieto. Às cinco da tarde vêm os quatis, de longe a gente só vê o rabo bandeirando no ar, uma fila enorme. Sobem em segundos... depois, a cada fruta que comem, jogam duas outras frutas no chão. De longe a cotia escuta o “poft” delas caindo nas folhas secas. Aí entram à surdina, caminhadinho engraçado, catam uma fruta com a mão esquerda, sentam graciosamente sobre seus calcanhares lisos e:

– Crup, crup, crup!!

            Comidinho ligeiro, bem diferente do da paca. Os quatis descem e chegam os jacus. Bandos de oito a dez escandalosos, não apreciam a fruta verde (pois aperta a língua deles), aí vão só às amarelas das pontas dos galhos. Cada pouso de um pesado jacu-verdadeiro derruba no chão outra porção de frutas. Engolem inteiras até as maiores... ô bicho da moela grande.

            De julho em diante o mato é seco, e quanto mais chegamos perto de setembro, mais o clima esquenta e as noitadas ficam confortáveis.

Agosto é o mês de fartura no cerrado, cai a flor do pequizeiro, a mirindiba, o restinho derradeiro dos jatobás e os primeiros tamburis derrubados ainda verdes pelas maritacas. O pequizeiro por si só merecia um livro, sua flor tem hora certa para cair. As flores caem logo pela manhã, depois que os passarinhos bebem o resto do néctar que sobrou da farra dos morcegos durante a noite toda. O vento do romper do dia no cerrado vem na posição e na medida certa para derrubar as flores que já cumpriram o seu papel de polinização. Descem rodando feito hélice de helicóptero e batem nas folhas secas com um som gostoso e abafado. O vento vai embora, o sol esquenta e as abelhas chegam. Aí pode ficar atento e prevenir a .22, pois o veado-do-campo  está chegando. Reparem nas gralhas-de-topete que gritam longe, ou no gavião-pinhé, que ao ver o movimento do veado-campeiro dobrando o espigão denuncia-o para o ouvido afiado de quem entende a dinâmica das campinas abertas do cerradão de chapada.

            Entrando setembro, o cardápio ganha mais uma página. Além das esperas anteriormente citadas iniciam-se o ipê-amarelo, o ipê-roxo, a caraíba e o tamburil de dentro das matas altas. Nas capoeiras secas, cai também a fruta da espinhosa esponja, espera boa de catingueiro, veado-mateiro e pacas, caso a encontrem caindo em distância segura da beira d’água. Junto com a esponja vem a mutamba, e junto com a mutamba, seca e cheirosa, a farra dos jacus, veados e principalmente dos catetos e queixadas. A mutamba é árvore de madeira dura e forte, de altura considerável e que tem galhas de arquitetura boa para se armar rede. O defeito é que no ano que dá é geral, e a escolha da espera tem que ser feita observando o mato, pois o bicho tem o lugar certo, predileto e mais seguro para se alimentar.

            Em certos sertões secos e durante o mês de setembro, as poucas barragens que resistiram à sede do sol e os olhos d’água sombreados pela mata são ótimas esperas. Olhando-se atentamente, notam-se as mensagens que a lama que vai secando deixa impressa para o caçador experiente. Conta do veado, que pisa fazendo furo; do jacu, que passa arrastando a ponta do rabo; do macaco, que tem mão de menino; do tatu, que revira lama atrás de minhoca, e do lagarto, que passa arrastando o rabo que nem rastro de bicicleta. Subir em espera de bebedouro é presenciar um dia inteiro de procissões de milhares de abelhas mansas e bravas, moscas, besouros, passarinhos de tudo que é cor, lagartos, raposas, pombas-juritis, pequenas e engraçadas filas de jaós. Sem falar nos bichos maiores, como os bandos pequenos e desconfiados de catetos, que chegam ao finzinho do dia para beber e se enlamear, e dos predadores oportunistas, como a onça-suçuarana e o gato-maracajá, que espreitam nas árvores ou selados no capim, com os olhos vidrados nos passarinhos. O que é bonito de ver é a graciosidade dos bandos de centenas de borboletas, colorindo a beira lamacenta do bebedouro e sugando os sais na superfície do barro úmido.

            Setembro corre e entra outubro quente; as fruteiras estão no auge, algumas terminando o ciclo, outras no início. É tempo da flor vermelha do mulungu e da frutinha verde do casco-d’anta, única fruta do cerrado que dá espera de tatu-galinha. É tempo de gameleira ou figueira, das pacas e do veado-mateiro.

Ali pelo meio de outubro as cigarras destampam a cantar na mata, adivinhando chuva. Iniciam-se longos trovões pelas madrugadas frescas e, assim que caem as primeiras chuvas, o tamburil que caiu no chão absorve água amarga e só serve para a boca desaprumada da anta. Só elas continuam comendo os frutos amargos de olhos fechados, enquanto o caldo escuro escorre em seus pescoços. Com a chuva, crescem as favas do doce ingá-de-cordão, comida que macaco-guariba derruba para veado-catingueiro e paca. Amadurece o saputá-da-mata e o saputá-do-cerrado, também conhecido como grão-de-galo. No cerradão da chapada alta cai a fruta da cagaita para dar de comer ao veado-do-campo, que precisa do açúcar dela para digerir melhor os brotos curtos que surgem nas cinzas das campinas depois das primeiras queimadas.

Amadurece a espinhenta lobeira (do lobo-guará) e a mangaba-leitosa (dos catingueiros). Nos matos baixos da beira do rio cai o jenipapo, que aguardou o longo período seco totalmente formado. Espera boa para veado, anta e paca; cateto gosta, mas é falhador... como vive em uma infinita caminhada itinerante, não se deve confiar na rotina dele.

Entra novembro e a chuva firma, o arroz está sendo colhido nas grandes lavouras alagadas que tiveram os drenos fechados para permitir a entrada das colhedoras calçadas de esteiras. Milhares de marrecos, patos e bandos intermináveis de pombas asa-branca chegam de vários lugares para o banquete. É hora de guardar a .22, respeitar a reprodução dos bichos de pêlo e praticar o tiro ao voo. O cerrado muda, encorpa, o bicho consegue se esconder com muita facilidade, o capim cresce, as veredas são alagadas, as rãs e sapos iniciam suas festas de cantoria, os bichos que acumularam energia e gordura ao longo da farta estação seca, ou estão de namoro, ou de filhote a caminho. O macho do veado-campeiro está agitado, cheira forte; seu chifre está formado, forte e sem couro. Ele está pronto para a disputa das fêmeas, afinal, é a época do cio.

            Os rios enchem, as pacas fogem subindo as grotas que alimentam os rios e fazem suas moradas nos barrancos altos e secos ou nas raizadas das grandes árvores... ou ainda nas pedreiras da serra, longe da água barrenta e agitada do rio principal. Cai a pitomba, as mangas e o ingá, cai o coco-macaúba e o abundante cajazinho-amarelo.

Entra dezembro e a enxurrada lava os barreiros de pés de serra, expondo o salitre mineral apreciadíssimo por quase todas as nações de bicho. No barreiro entra cateto, queixada, anta e os veados mateiro, campeiro e catingueiro. Esses saleiros ou barreiros, quando ocorrem em barrancos abertos, são muito frequentados por araras e papagaios, que consomem o mineral para ajudar na digestão dos leitosos e tóxicos frutos que ingerem no alto das copas das matas mais altas.

            Entra janeiro e cai o tucum bem ao norte, cai o jerivá nos grotões do cerrado, cai o coco-cabeçudo e o coco-buriti nas matas de vereda. As cotias engordam e ficam com o queixo laranja de tanto comer buriti.

Entra fevereiro, o auge das mangas para as pacas e dos pastos altos para os veados, capivaras e porcos. O mato está molhado, as lagoas cheias de água e de peixes maiores que entraram para tentar caçar os menores. As lavouras de soja, feijão e milho estão verdes e encorpadas, os veados pastam a noite toda e sua dieta fica quase que 90% dependente de pastagens verdes. Com os porcos não é diferente, os queixadas pastam o verde, comem a planta pequena do milho e o barro salgado nos saleiros, os catetos fuçam as veredas amolecidas à procura de minhocas, raízes e pequenos insetos enquanto esperam ansiosos o granar das roças de milho nas lavouras de beira de mato.

             Entra março e a bicharada está nas roças, comendo milho. Na mata perdura o ingá-amarelo, o coco-macaúba, o saputá... no cerrado, a mama-cadela e o araçá. 

Entra abril e cai a fruta do “sabonete”. Paca não gosta, mas na escassez do resto, come. Não são esperas boas devido à quantidade, são árvores comuns e que derrubam frutos para todo lado, de jeito que o bicho não firma rotina. Abril, que é um mês de pouca comida natural e quando a chuva já recuou, é bom demais para fazer ceva de milho seco e caroço de manga. Aí os dias correm, a chuva vai espaçando, chega maio e fecha-se o ciclo, começando tudo de novo.

            Como o cerrado é um bioma que engloba nove estados do centro do Brasil, estados esses espalhados por vários paralelos, as datas, épocas e tempo de ocorrência de algumas das flores e frutos que mencionei variam bastante de uma região para a outra. Grosso modo, o principal mecanismo que desencadeia toda a química botânica da natureza está diretamente ligado ao fotoperíodo, que é a quantidade de luminosidade disponível durante o dia, ou a diferença (ou relação) entre o tamanho do dia e o tamanho da noite.

Fiz um resumo baseado em anos de observações e muita prática, não é um trabalho científico, mas é muito parecido com o real funcionamento das engrenagens de clima, tempo, água e comida dos animais ao longo do ano nesse incrível bioma que é o Cerrado Brasileiro.

quinta-feira, 28 de março de 2013

ESPINGARDA VELHA.TREM PERIGOSA

Isso aconteceu comigo com minha primeira espingarda.Era uma 32 rossi gatilho branco oitavada ,umas das melhores na região.eu no começo não tava acertando com ela,quase vendi.mas era por falta de pegar o jeito da arma.quando peguei o jeito me apaixonei por ela era otima.eu gostava de fazer os meus carregos.um dia estava sem porva e fui na casa de um amigo e fui ve se ele tinha um pouco pra me emprestar.ele tinha uma porva que não usava e me deu ela era meio tubo.cheguei em casa peguei a minha medida de 32 e fiz tres carregos.nas carreiras pois ja era umas 3:30 da tarde e eu ia sozinho procurar uns pes de furteiras.não era muito longe dava uns 45 minutos de caminha forçada.dei uma volta no mato todo e num achei nada então decidi voltar pra casa.na saida vi um macuco andando na minha frente.fui meio rudiando e ele entrou numa moita meio fechada e eu parei e fiz pontaria.ele tava uns 10 metros.na hora que ele saiu num limpo pucheio dedo...so senti um tranco no ombro e cai de lado,o olho que faço a mira fico queimado e todo preto da polvora,não escutava nada parecia que tava flutuando..na hora pensei to morto..dei dois tapãp daqueles na cara e vi que so tava surdo e o rosto ardendo,a espingarda racho reto por baixo do cano.onde fica a agulha racho de cima pra baixo,o cartucho sumiu o fundo e lacro no cano que não saiu.o cano entorto pra cima...mas depois que fiquei sabendo o meu amigo disse que tiro  polvora de um rojão que não explodiu.tai uma coisa que aprendi,armas são muito perigosas,e nunca tome munição emprestado de ninguem.
  hoje tenho uma cbc das novas e não uso mais cartucho de metal somente cartuchos decartaveis.são mais melhores,não dão eco auto,e nem fais aquele fumasseiro danado e nem da muito coice...
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

MACUCO

   O macuco na verdade esta linda ave é a maior representante dos tinamídeos, que são aves de aparência galináceaTem hábitos diurnos e vive no chão da floresta ciscando como uma galinha,prefere viver no solo do interior da mata primária em áreas próximas a pequenos riachos ou nascentes; sua plumagem cinza e um tanto rajada a camufla muito bem no sombreado da vegetação e tem como peculiaridade de comportamento ficar imóvel quando percebe algum perigo, talvez porque seja melhor confiar na camuflagem do que ter que movimentar todo seu corpanzil numa fuga.
Eventualmente costuma sair ao descampado nos arredores das matas onde se sente segura para comer minhocas, formigas, sementes, bagas, frutas e artrópodes em geral mais expostos.

Seu canto na verdade é um pio forte, solitário e melancólico que ocorre geralmente no cair da noite e algumas vezes durante o começo da noite também em épocas quentes


Na época de reprodução seu pio pode ser vocalizado numa sequência de três pios também, vai depender da empolgação do bichão, quando um canta o outro responde ao longe, provavelmente estão namorando e os casais costumam ficar ao alcance da audição de seu pio, ou seja uns 500 metros; é um animal tímido, cauteloso, de difícil observação e, como na maioria dos tinamiformes, é o macho do macuco quem choca os ovos, que são de coloração verde-azulada; seus ninhos são feitos no solo entre raízes de grandes arvores, mas para dormir costuma empoleirar em galhos grossos , e, se você estiver por perto, certamente ouvirá o seu potente bater de asas; Para fotografá-los você pode usar técnicas de caça usadas pelos caboclos como imitar um grilo, um de seus alimentos preferidos, ou então abrir uma vala longa no solo da mata de preferência em uma área de clareira ou onde caiu uma árvore pois o macuco sente o cheiro do solo exposto e sabe que lá terá várias minhocas para ele!

MATEIRO


tambem conhecido como suaçupita, guatapará, guassu-pará e veado-pardo, veado mateiro é um animal discreto. Nas regiões onde divide o espaço com o ser humano, tende a se deslocar na boca da noite e no amanhecer, aproveitando um pouquinho de lusco-fusco destes períodos, é uma adaptação que a maioria dos animais fazem para não cruzar seu caminho com o do ser humano, por uma simples questão de sobrevivência.



É um bicho bem silencioso, ele pode passar do seu lado e, se você não estiver atento, não vai escutar coisa alguma, sua vocalização mais conhecida é um tipo de espirro que ele faz para dar o alarme quando pressente algum perigo, principalmente quando a fêmea tem cria ou estão andando em casal, apesar de seus hábitos serem solitários. Sua pelagem é castanho-ferruginosa, mais clara no ventre, esbranquiçada na garganta e quase preta em volta dos lábios e no focinho,os chifres simples e delgados, que atingem 12 cm de comprimento, caem em junho e nascem novamente em agosto setembro e só existem no macho.

terça-feira, 26 de março de 2013

Pescaria no rio das mortes

Eu tava doido pra conhecer esse tal rio das mortes,arrumamos as coisas e sexta feira retrasada descemos...eu ancioso.saimos era 2:00 da tarde da sexta chegamos quase 7:00 da noite debaixo de uma chuva.ficamos todo ensopado,cuidamos pra não molhar os colchões.entramos numa voadeira e fomos la pra uma ilha..ela deve dar uns 600 metros quadrados.
Naquela noite não deu pra fazer nada a chuva se prolongou ate as 2:00 da manha...ficamos contando causos com o caseiroda ilha..o tal paraiba..e a vontade que eu tava ra amanhecer logo pra pode da uma volta neste rio famoso por morrer muitas pesssoas.fomos dormi la pelas 12:00.quando deu cinco da manhã levantei tinha uns dois acordado arrumando as tralhas de pesca,quando o sol lambia o mundão um companheiro sumiu de rio acima com essa voadeira ia soltar galões..e eu num fui não o trem clareou rapido e deu pra ver o tal rio das mortes..realmente o rio e de aguas escuras,muito corrente,e fundose vi aqueles redemoinhos pequenos chamando vc..fiquei num barco amarrado numa ceva de pacu peguei alguns.
Na noite de sabado pra domingo armaram os espinheis subiram em dois pra olhar os anzois,e nisso tinha pegado um jaú e ele tava enrolado num toco.o ceara um companheiro nosso de pesca mergulho com a mão na linha pra desenrola o tal peixee ele se atrapalho e o peixe enrolo a linha no braço dele,cara esse camarada passou um sufoco a sorte dele e que ele sempre mergulha com uma faca e cortou a linha.
Ficamos surpreso quando ele contou,ele tava meio amarelo.quase não queria falar,mas contou.Não pegamos quase nada mas foi muito bom tava quase louco nesta cidade.so trabalho.uma pena que não tinhan uma camera pra postar...

sobre pacas







PACA
Ocorrendo em todo o Brasil, as pacas são animais terrestres noturnos que habita tocas próximas á água, onde haja vegetação arbórea desenvolvida.
Os rastos das PA (patas anteriores) mostram quatro dedos, sendo os laterais menores e arredondados. As PP (patas posteriores) possuem cinco dígitos, dos quais apenas três centrais imprimem o solo. Estes são mais longos e delgados do que os das PA. Um dos dedos laterais (o segundo dígito) geralmente não encontra a sola, nos rastos. As unhas são melhores reveladas nas PP, ligadas normalmente á extremidade de cada impressão digital. As almofadas são amplamente marcadas no substrato.
Numa trilha, os rastos das PP freqüentemente sobrepõem-se ao das PA em vários pontos.
São roedores de tamanho médio (cerca de 70cm, com até 10kg), que vivem no Continente Americano (regiões tropicais e subtropicais), do México Central ao Rio Grande do Sul. Nestas regiões, são conhecidas cerca de 30 espécies.
A forma do corpo e das pernas lembra, de certo modo, a dos porcos, mas a cabeça é semelhante a dos demais roedores. Os pés são providos de dedos curtos, com unhas grossas e fortes, próprios para correrem. A cauda é muito reduzida, só aparecendo de forma vestigial.
É um dos maiores roedores do Brasil, só perdendo, em tamanho, para a capivara. O corpo é longo e robusto, com listras longitudinais brancas, interrompidas ou não, sob um fundo pardo amarronzado. Os pêlos são baixos e rígidos. As pernas são curtas e os pés possuem cinco dedos, providos de unhas muito fortes, que mais se assemelham a cascos. A cabeça é grande, com a região das bochechas bem desenvolvida. Orelhas pequenas. Cauda vestigial, em forma de um pequeno tubérculo.
São animais de vide solitária, tímidos, que procuram locais afastados das habitações humanas.
Vivem em áreas cobertas com vegetação alta, como matas, capoeirões, sempre às margens de mananciais hídricos. Moram em tocas que elas mesmas cavam, com várias ramificações e saídas para a superfície, ou em outras concavidades naturais. São animais de hábitos noturnos, com audição e olfato bem desenvolvidos, mas possuem pouca visão.
Alimenta-se de vegetais diversos, mas parecem ter preferência por frutos. Nos lugares onde vivem, é possível encontrar trilhas bem demarcadas por onde passem sempre. Quando perseguida por cães, procuram refúgio dentro d'água, onde mergulham rapidamente. São mamíferos muito perseguidos pelos caçadores.
Vive aproximadamente 16 anos. O período de gestação é de, aproximadamente, 115 dias, dando a luz uma cria por vez, podendo ocorrer até duas gestações por ano. São fitófagas, tendo uma dieta constituída de raízes, folhas, frutos, cana-de-açúcar e mandioca. Em cativeiro, a paca convive bem com outros grupos de pacas. Num grupo de pacas composto por três fêmeas e três machos em cativeiro, foram observados os seguintes fatos:
  • há demarcação territorial, feita com urina, principalmente ao redor dos comedouros;
  • a eliminação de fezes ocorre num único local e bem afastado do bebedouro e do comedouro; 
  • a demonstração de dominância é manifestada por meio de ritual, em que o macho dominante eleva a cabeça e simula mordidas, emite sons graves, sendo difícil o convívio de mais de um macho adulto no grupo; 
  • a paca acumula, na entrada da toca, sementes de frutos, capim e outros materiais encontrados no recinto; 
  • as sementes recolhidas pela paca parecem servir para desgastar os dentes incisivos.